(1998-2000)
Ao longo das últimas duas décadas, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, moradores de conjuntos habitacionais destinados à população de baixa renda vêm alterando significativamente as características físico-espaciais de suas moradias. Estas modificações são atribuídas, principalmente, à inadequação dos projetos arquitetônicos e urbanísticos às necessidades materiais e simbólicas dessa população. Assim, diversos aspectos dos conjuntos são transformados, implicando a alteração da área construída e das condições de acessibilidade, ventilação e iluminação dos imóveis. Pelas características destas modificações – realizadas sem orientação técnica -, observa-se a ocorrência de um processo que os próprios moradores definem como “favelização” dos conjuntos, com o comprometimento da qualidade do ambiente construído. Nos programas de recuperação de conjuntos habitacionais, o poder público, por sua vez, não reconhece essas alterações, impossibilitando, deste modo, a criação de mecanismos que orientem e ordenem essas modificações promovidas pelos moradores. Diante deste quadro, o artigo pretende analisar a atuação do poder público e propor ações de cunho projetual, no âmbito da arquitetura e do urbanismo, que visem incorporar a dinâmica sócio-espacial dos moradores dos conjuntos, superando os aspectos negativos dos projetos originais e assegurando melhores condições de habitabilidade do ambiente construído.
Integrantes:
Geronimo Emilio Almeida Leitao – Coordenador
Luciana Andrade – Integrante
Maria Laís Pereira da Silva – Integrante
Jacques Sillos de Freitas – Integrante.