O Ensino que queremos…

O ENSINO QUE QUEREMOS…

O avanço tecnológico e as questões sociais exigem dos professores uma nova forma de atuação

Há muitos problemas a serem resolvidos na área do ensino, a infraestrutura continua a mesma, com carteiras enfileiradas, sem nenhum conforto, quadros negros obsoletos e pranchetas inadequadas, onde muitas vezes o aluno ouve sem poder intervir, somente pela experimentação da organização espacial de nossas salas.

A reclamação da alta carga horária e da impossibilidade de cumprir todas as disciplinas do período, do extenso programa e da falta de aplicação dos sistemas em relação à realidade construída, ainda são os nossos maiores desafios. É recorrente o drama em relação a grande reprovação nos sistemas estruturais e dos horários que impossibilitam a realização de estágios.

Isso é o resultado de uma infraestrutura deficitária, inibidora das novas propostas de ensino, em um mundo onde tudo avança muito rapidamente, em que a forma de ensinar ainda não incorpora novos métodos.

Apesar das linhas pedagógicas como Freire, Waldorf, Montessori, dentre outras, que apostam no protagonismo e na troca de experiências, tendo como guia o professor e colaborador, ainda são inconsistentes na união com a realidade digital e o ensino.

O processo de desenvolvimento da criatividade que gera empatia, o emocional e o subjetivo, ainda são menores diante da ordem estabelecidas pela regra de 10% de dimensionamento de vão, da impossibilidade de criação de balanços e das vigas de transições.

Temos que trabalhar pela pessoalidade, diversidade e a inclusão, ou seja, temos que ter o ensino com base na vontade da vida sem deixarmos de nos associarmos aos avanços tecnológicos e nas novas ferramentas de representação, a despeito do que preconiza o capitalismo, que não admite um novo modelo de educação que não seja o voltado para o capital.

O futuro está muito próximo, a “Internet das coisas e a Arquitetura” já é uma realidade e são temas de debates públicos nas associações de classe. As máquinas farão muito do que aprendemos nas escolas e na universidade, acabarão com muitas profissões, estas serão nossos médicos, advogados, etc. O que vai sobrar são as atividades ligadas à criatividade, ao do sentir afeto, de ser subjetivo e contemplativo e de ter desejos de qualquer coisa.

Video relaizada na Bienal Internacional da Arquitetura – Veneza 2018 (BIG – Bjarke Ingles Group).
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